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Brigada contra o mosquito Aedes Aegypti

Evento contou com a participação do secretário de Saúde do Recife, o médico Jailson Correia

O Colégio Fazer Crescer recebeu, na tarde da última quinta-feira 17, o secretário de Saúde da Prefeitura do Recife, Jailson Correia, que fez a abertura da Brigada contra o mosquito Aedes Aegypti, principal agente transmissor de doenças graves como dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. Alunos do 6° ao 9° ano do ensino Fundamental marcaram presença no auditório do ecoprédio para assistir à palestra do secretário e tirar dúvidas sobre o assunto.

Ele abriu o evento fazendo uma analogia entre a vacina para a gripe e a “vacina” para a dengue. “Todos sabemos que a vacina para dengue, zika e chicungunya ainda não existe. Ou será que existe?“, brincou. “Hoje a vacina para essas doenças tem um nome: informação. Precisamos nos informar, nos conscientizar e pensar juntos com os nossos amigos, com a nossa escola e com a nossa família sobre o que estamos fazendo para mudar a realidade do nosso bairro e da nossa cidade”, pontuou o secretário.

Ele também falou sobre a origem do mosquito. “Imaginem que um mosquito com mais ou menos um centímetro é capaz de causar a morte de uma pessoa. Isso é muito grave! Do ponto de vista ecológico, ele não é da nossa região. Veio do Egito, por isso o nome: Aedes, que significa odioso, e Aegypti, que significa do Egito”. O secretário explicou para os alunos do CFC que as brigadas têm uma importância fundamental para a luta contra a proliferação do mosquito. “Analisamos o comportamento das fêmeas e, assim, podemos controlar o desenvolvimento dos ovos. Muitas vezes passamos mais tempo na escola do que em casa. Então, se pudermos cuidar do nosso ambiente de trabalho e de estudo do mesmo jeito que cuidamos de nossa casa, estaremos no caminho correto”. Ele ainda lembrou que cerca de 80% dos focos do mosquito estão nos quintais residenciais.

Jailson Correia concluiu a conversa com os estudantes agradecendo o engajamento do CFC no combate ao mosquito. “Espero que em casa vocês possam ensinar aos pais a mudar as atitudes em relação aos cuidados para prevenir as doenças causadas pelo Aedes Aegypti”, concluiu. O secretário ainda participou da instalação de duas ovitrampas, armadilhas para fazer a contagem dos ovos colocados pelas fêmeas e assim verificar o nível de infestação do mosquito no colégio.

Para a coordenadora do Programa de Saúde Ambiental da Prefeitura do Recife, Maísa Belfort Teixeira, a cidade tem todas as condições favoráveis climáticas para a reprodução do Aedes Aegypti. “Engajar a população é fundamental para o sucesso da ação”, ressaltou. A aluna Karolina Selingardi, 14 anos, do 9° ano, afirmou que a parceria do colégio com a prefeitura só fortalece essa ação importante para erradicar o mosquito. “A minha avó já ficou doente e eu sei que deve ser muito ruim. É bom que essas ações aconteçam para a gente se conscientizar e conscientizar também quem convive com a gente”, disse. Ana Lívia Pessoa, 13 anos, também do 9° ano, destacou que muitas pessoas não têm noção de que as doenças matam. “Moramos em edifícios e não sabemos se no local há focos do mosquito. Por isso é importante conhecer e monitorar bem o lugar onde você mora”, alertou.

Para a professora de Biologia Luciene Silva, com essa ação os estudantes se transformam em agentes multiplicadores e ajudam a evitar a proliferação do mosquito. “É importante colocar o aluno como protagonista do processo, pois só assim eles compreendem melhor o assunto. Nesse caso, os próprios alunos construíram as ovitrampas e puderam entender o passo a passo para evitar a proliferação do mosquito”, enfatizou.

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