Tornar a história clássica – aquela ensinada na sala de aula - acessível a todos, com uma narrativa atraente, foi o grande desafio da professora Viviane Pereira, que dá aula de História em todas as turmas do 8º ano do Ensino Fundamental II, no CFC.
“Precisava encontrar uma forma de promover a divulgação da história pública de modo que os alunos pudessem dar significado ao lugar onde vivem”
, conta ela, acrescentando que dividiu as turmas em grupos, evitando reunir alunos que já têm afinidades e convivência mais estreita. “Ninguém pôde escolher os colegas para formar os grupos e isso foi muito bom porque as equipes eram heterogêneas”, observa a aluna do 8º ano, B Letícia Friedheim, 13 anos.
Viviane explica que deu aos alunos a liberdade para escolher a narrativa que eles achassem mais interessante para trabalhar a Revolução Pernambucana.
“Queria que o conteúdo trouxesse significado para a vida deles, que não fosse apenas um conteúdo formal, porque nesse assunto entram conceitos mais complexos como, por exemplo, a diferença sutil - mas importante - entre o que é uma revolta e o que é uma revolução”.
De acordo com ela, eles precisavam entender a relevância do processo histórico para poder vir a debater com propriedade e poder deixar conteúdo para as próximas gerações.
Ela lembra que foi aí que surgiram duas ideias complementares.
“Em função do afastamento social por causa da pandemia, o contato mais frequente com a tecnologia facilitou a escolha deles por produzir um podcast e alguns cartazes que pudessem ser espalhados por toda a escola para divulgar o podcast, que foi roteirizado, produzido e editado por eles. Cada cartaz tem um QR Code que dá acesso ao áudio”, acrescenta.
Lucas Calixto, 13 anos e aluno do 8º ano C, é um dos mais entusiasmados com a narrativa escolhida para as aulas de História.
“Na minha turma, fiquei responsável pela produção dos cartazes e pela edição do podcast, mas passei também pela pesquisa e pelo roteiro”. Ele diz que achou a experiência mais dinâmica e mais divertida. “Somos acostumados a ter aula com o professor explicando e a gente estudando em livros. Dessa forma diferente, acho que o resultado é melhor porque nós aprendemos mais rapidamente”.
Tanto Lucas quanto Letícia, acabam comprovando que o objetivo da professora foi alcançado. Ambos destacam que realmente passaram a entender o tamanho da importância da Revolução Pernambucana não só para o estado, mas para o país.
"Hoje posso explicar para qualquer pessoa de fora o que realmente ocorreu na época. Antes, sem conhecimento dos fatos, era como se tudo tivesse sido apagado no tempo”, diz Letícia. “Uma coisa é viver em um lugar sabendo tudo sobre a história desse lugar”, acrescenta Lucas, que ainda destaca todo o apoio que a turma recebeu da professora. “Ela foi muito acolhedora com todos, nos deu muito apoio e nos ajudou em tudo”, conclui.
Confiram os trabalhos dos alunos nos links abaixo:
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